C.

Com tanto potencial para ser apenas comum, ela precisava de perguntas para analisar e refletir sobre o que lhe fazia bem.
Acreditava que sinceridade e perdão eram indispensáveis por fazer de nós pessoas mais completas e capazes de crescer.
Embora fosse difícil aprender a enxergar o valor que existe na simplicidade da vida, sorrisos e olhares lhe chamavam atenção.
Queria conhecer o mundo, abraçar o desconhecido rumo ao infinito que causa tanto medo. Sensação de liberdade sem nenhuma restrição.
Pensava quem realmente era diante do que lhe pertencia, e vivia intensamente cada momento que lhe era proposto.
Buscava entender o mundo, e dele toda frieza e indiferença. O transformaria por inteiro se possível, curando e modificando sua total desarmonia.
Voltaria a sua infância, privada de preocupações e questionamentos, com a verdade mais segura que mantém dentro de si.
Dizia gostar da neve e do frio, mas preferia o verão. Iluminado e quente, como o sol que nos toca pacificamente ao despertar de um novo dia.
Aprendeu que destinos podem ser mudados e amores renovados, e que isso não te impede de ser plenamente feliz.
Que julgar o próximo é uma atitude claramente reprovável, e que não devemos agir como se fossemos melhores que alguém.
Transformaria as injustiças e o egoísmo por sentimentos recíprocos e estáveis, tornando assim a vida mais humana, e as pessoas dignas de amar.
Caminharia na primavera, nas estações, próxima das flores que cresciam ao seu redor. Dos lótus que nasciam nas margens de um rio.
E o infinito já não causava tanto medo.


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