Minha lua preferida.

Inesperada a sua presença, nos dias que a procuro sozinha para que conforte o desespero das tentativas que me fazem lutar. Mas não há encontro no céu deserto, sem luz alguma que possa iluminar a escuridão dos erros que te fizeram voltar.
Outra vez fraca e vulnerável, aceitando o mínimo como qualquer traço suficientemente completo.
Escuto atentamente cada palavra, enquanto tudo que é dito transforma-se em tudo que podemos ser.
Então silencie este momento, e não seja nada além do que posso enxergar.
Não se esforce em explicar, enquanto peço para que diga algo que eu ainda não saiba.
Apenas qualquer coisa diferente que retorne o brilho dos meus olhos ao te olhar novamente.
Coisa pequena que venha a ser, que estampe meu sorriso no ato simples de felicidade sincera.
Estenda os braços que estou a te abraçar, nesta rua tão vazia de pessoas incompletas.
Você ainda não entende, mas posso cantar para você do amor que sentia enquanto a esperava para contar estrelas.
Da falta do brilho que encantava, que trazia luz a minha alma, afastando de mim confusões tempestuosas.
Venha ser a minha calma, o meu descanso, a minha morada. Retorne o pulsar rápido dos batimentos descompassados de um coração cansado da lentidão que o faz viver.
E é você, a minha lua preferida, que aparece inesperadamente, quando juntas nos tornamos a singularidade do elemento essencial.


1 comentários:

Sinho Livre disse...

belissímo texto...retratando uma paixão pelas coisas e pelos hoemns...desculpe não lhe retribuído a visita antes..abraços.